Equipe multidisciplinar desenvolve atividades para melhorar a experiência dos pacientes durante o cuidado e o processo de recuperação
A equipe multidisciplinar do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) está sempre trabalhando para humanizar o atendimento e tratamentos ofertados aos pacientes na unidade. Para isso, o projeto “Mais Vida, Mais Viver” foi desenvolvido e tem como principal objetivo retirar os pacientes da ventilação mecânica em um menor tempo, diminuindo as chances de prováveis sequelas e melhorando a experiência dos pacientes no processo de recuperação.
Integrado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, os profissionais desenvolvem dispositivos de acordo com as necessidades dos pacientes. Segundo a terapeuta ocupacional Thais Ribeiro, o mais importante é fazer o paciente se sentir motivado e entender a UTI como apenas uma etapa do tratamento. Um exemplo desse cuidado é o uso de cunhas de posicionamentos para o paciente se sentir mais confortável.
O “Mais Vida, Mais Viver” também vai além das paredes da UTI e oferece aos pacientes com avaliação médica positiva a integração social, levando-os para um banho de sol. Segundo o fisioterapeuta da UTI Luís Paulo Vieira, tirar os pacientes do cuidado intensivo tem apresentado bons resultados aos pacientes com ventilação mecânica. “O paciente ganha mais força, trabalha melhor as funções motoras e respiratórias. Isso facilita a retirada do respirador, que, posteriormente, o levará à alta”, afirma o fisioterapeuta.
Além do banho de sol, o projeto conta com atividades de pintura, jogos de imagem e raciocínio e treinos de atividades de vida diária (AVD’s), promovendo maior independência aos pacientes. Essas atividades incluem alimentação, banho, vestir e despir, pentear os cabelos e demais ações que exigem um maior esforço para pessoas acamadas e enfermas.
De acordo com a psicóloga Poliana Alves, o resultado dessa ação no Hetrin tem sido positiva, trazendo benefícios para a pessoa hospitalizada. “O banho de sol revigora o paciente, promove novo ânimo para continuar o tratamento que, muitas vezes, envolve um período prolongado de reabilitação respiratória e motora”, destaca a profissional.
São aptos para esse processo os pacientes com estabilidade hemodinâmica – parâmetros normais de pressão arterial e frequência cardíaca, em ventilação mecânica – respiração por aparelho, ou em ventilação espontânea – respiração normal (sem auxiliar de oxigênio), ausentes de sedação.
O coordenador da equipe multidisciplinar Bruno Assis, explica que a perspectiva de criação do projeto é de proporcionar um momento de pertencimento ao paciente, pois faz parte do tratamento ressaltar a importância da equipe Multidisciplinar. “No momento em que o paciente recebe as abordagens do projeto, ele se distrai e ao mesmo tempo percebe seu corpo, suas funcionalidades e potencialidades. Isso, de forma geral, reacende no paciente a força para se reabilitar e o quanto antes ir para casa”, relata o coordenador.
Assessoria de comunicação do Hospital Estadual de Trindade – HETRIN
Isabela Maione – isabela.maione@ecco.inf.br