Os pequenos não estão livres de desenvolver a doença e nem tampouco de sofrer suas consequências. Todo cuidado é pouco!
Estudos científicos mostram que a Covid-19 têm menor incidência em recém-nascidos, bebês e crianças até 14 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos casos diagnosticados da doença, 1,2% corresponde a crianças menores de 4 anos e 2,5% a crianças entre 4 e 14 anos.
Contudo, isso não significa que elas estão seguras. O baixo número de contaminação não deve minimizar os cuidados com os pequenos. Aliás, a prevenção deve começar antes mesmo da chegada do bebê.
Gestantes e puérperas
De acordo a médica da Ala de Pediatria do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), Camila Chavier de Oliveira, é preciso que a gestante faça todas as consultas do pré-natal e siga com rigor as orientações passadas pelo médico. Ressalta, ainda, a importância de se evitar ambientes públicos e aglomerações durante a gravidez, pois contágio durante a gestação pode ser um risco para a saúde da mãe e do bebê.
Após o nascimento, o ideal é que as visitas sejam evitadas ou restritas. A mãe e o neném devem sair de casa somente em casos de extrema necessidade ou para as consultas pediátricas. As pessoas que convivem com o recém-nascido devem cumprir todas as regras básicas de higienização antes de ter contato com o recém-nascido, além de manter os ambientes ventilados e usar máscara caso apresentem qualquer sintoma gripal.
“O principal meio de contaminação nessa faixa etária é o contato direto com adultos infectados, já que os bebês estão restritos às suas casas. Portanto o cuidado do adulto é a principal forma de prevenir a infecção por Covid”, enfatiza Camila.
De acordo com a médica, as mães com sintomas gripais devem usar máscara ao ter contato com o bebê, inclusive durante a amamentação. A higienização das mãos e das mamas também deve ser feita corretamente para garantir a saúde e o bem-estar do recém-nascido. É importante ressaltar que, de acordo com o Ministério da Saúde, não há constatação científica que estabeleça ligação entre a transmissão da Covid-19 com a amamentação. O aleitamento materno é um processo importante para garantir o fortalecimento do sistema imunológico do bebê.
Conscientização e assistência
Não são só os adultos que sofrem com o isolamento social. As crianças acostumadas a frequentar parques e praças acabam se chateando com a necessidade do isolamento social, mas a medida é necessária. “Locais públicos com aglomeração de pessoas devem ser evitados não só pelas crianças. Se os pais quiserem levá-las para brincar em playground de condomínio, é necessário enfatizar a obrigatoriedade do uso de máscara. As crianças têm que ser orientadas a não passar a mão no rosto, nariz e olhos e higienizar as mãos com frequência”, ressalta a médica.
É recomendado que crianças menores de dois anos não façam o uso de máscaras devido ao risco de sufocamento. Vale lembrar sempre que se infectadas, mesmo apresentando sintomas leves da doença, as crianças podem transmitir o vírus para quem faz parte do grupo de risco, portanto manter os devidos cuidados é importante para conter a disseminação da doença.
A médica também aconselha que pais ou responsáveis tenham um olhar especial em relação à saúde emocional da criança. Se ela apresentar tristeza, ansiedade, introspecção, medo ou quaisquer outros comportamentos que não condizem com as condutas naturais, eles precisam procurar um especialista para uma avaliação adequada.
“Assim como os adultos, as crianças também precisam de um cuidado especial nesse período de pandemia. O diálogo é fundamental para conscientização, mas também para entender as angústias e frustrações dos pequenos, que sofrem muito com o isolamento social”, finaliza a médica.
Assessoria de Comunicação – Hospital Estadual de Urgências de Trindade (Hutrin)
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