O Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) reciclou sete toneladas de lixo neste primeiro semestre do ano. Todo o material tem destino certo. O papel é encaminhado para reciclagem, assim como os plásticos e os vidros, que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico. Já o lixo hospitalar – infectante e cortante – é separado para ser recolhido e encaminhado ao aterro sanitário, onde é devidamente incinerado.
A limpeza do ambiente hospitalar ganhou ainda mais atenção com a pandemia: não só a destinação do lixo, como também a assepsia dos ambientes. As lixeiras são trocadas de hora em hora. “E para o todos – público e colaboradores – foram disponibilizados mais dispensadores de álcool gel”, diz Getro de Oliveira Pádua, diretor da unidade.
Com o isolamento social e a prática do trabalho em casa aumentou o volume de lixo no Brasil. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) estima que as medidas de distanciamento social geraram no país um acréscimo de 15% a 25% na quantidade de resíduos residenciais. Já para os hospitalares, o cálculo é de 10 a 20 vezes.
Higienização no combate a covid-19
O Hutrin investiu na conscientização de todos sobre a importância da higiene para evitar a disseminação do vírus. Distribuiu informativos por toda a sua estrutura e ganhou o apoio dos usuários. Desde o início da pandemia há menos lixo jogado no chão e mais gente lavando as mãos e usando o álcool em gel.
Gerenciamento de resíduos
No hospital dois programas acontecem simultaneamente: o gerenciamento dos resíduos,que busca controlar e diminuir os riscos de contaminação, e o de meio ambiente que busca diminuir a quantidade de lixo produzido pelas pessoas.
O gerenciamento tem equipe própria que faz o recolhimento dos resíduos das lixeiras, fechamento dos sacos e seu transporte até a sala de expurgo, onde já chega separado: perfuro-cortante e infectante; comum; reciclável e químico. Os resíduos infectantes e químicos são tratados por empresas licenciadas, de acordo com a norma da ANVISA.
Reciclagem voluntária
As ações de sustentabilidade dependem da adesão voluntária dos colaboradores que são motivados a pensar antes de usar a impressora ou descartar plásticos e utensílios diversos. Por meio de campanhas internas há um incentivo a ações de preservação do meio ambiente e o hospital toma a dianteira fazendo a reciclagem de papelão, papel e frascos de álcool. No ano passado 1.738,75 Kg de materiais recicláveis deixaram de ir para o aterro sanitário. Nesse ano a adesão aumentou e só neste primeiro semestre já foram reciclados 1.294 kg. A unidade de saúde está trocando suas lâmpadas de fluorescente por Leds, que duram mais e poluem menos.