Mais de dois mil goianos foram atendimentos nos três hospitais estadualizados geridos pelo Instituto de Medicina Estudos e Desenvolvimento–IMED. Eles apresentaram sintomas típicos do novo coronavírus – febre, falta de ar, tosse e cansaço – e passaram em consulta nos ambulatórios 24 horas dos hospitais de Trindade, Formosa e Luziânia. Essas cidades inauguraram atendimento especializado há um mês e vêm o movimento crescer.
Esses dados justificam a preocupação das autoridades de saúde de Goiás que reforçaram as medidas de isolamento. “É momento que exige responsabilidade. Se tivesse sobre mim a prerrogativa, eu decretaria (o lockdown), criando, também, o rastreamento dos portadores. A análise é compatível à realidade dos fatos e do crescimento de casos e óbitos, assim como de pessoas que recorrem aos leitos de UTI”, defendeu o governador Ronaldo Caiado (DEM) em conversa com os prefeitos do Estado. Cada cidade tem autonomia para decidir as formas de prevenção e protocolos de segurança
Leitos de UTI
No Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) e no Hospital Regional de Luziânia (HRL), que há um mês têm leitos de UTI para Covid-19, o nível de ocupação com casos graves evidencia o problema. Mesmo a quase 250 quilômetros de distância as cidades, próximas a grandes centros urbanos, mostram o avanço indiscriminado da doença. Tanto o hospital em Trindade, a uma hora de Goiânia, como o de Luziânia, a meia hora de Brasília, mantém a ocupação média acima dos 85% nos leitos de internação com respiradores.
No atendimento ambulatorial, que representa os pacientes com sintomas leves, os números também se equiparam. O Hutrin fechou o mês de junho com 790 atendidos e o HRL com 716 nos primeiros 40 dias.
Formosa
Em Formosa, onde o IMED prepara a estrutura para abrir uma UTI com dez leitos, a procura por atendimento para quem está apresentando sintomas de Covid-19 também é grande. Foram quase 500 atendimentos ambulatoriais em junho. No recém-estadualizado Hospital Regional da cidade as obras para melhorias na infraestrutura são grandes. O projeto de reforma prevê o redimensionamento elétrico para que o HRF ganhe informatização e capacidade de energia para suprir os novos equipamentos da UTI. Um sistema de gás medicinal, com oxigênio encanado e pressurizado, também será executado.