No dia 20 de maio, celebra-se o Dia Nacional do Medicamento Genérico, um dos produtos mais importantes do mercado farmacêutico e um exemplo de política de saúde bem-sucedida no país.
Quando se trata de medicamentos genéricos, surgem muitas dúvidas como o motivo de serem mais baratos, se funcionam da mesma maneira, se possuem fórmula idêntica, entre outros questionamentos. Por isso, a coordenadora de farmácia do Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), unidade do governo de Goiás, administrada pelo Instituto de Medicina, Estudo e Desenvolvimento – IMED – esclarece algumas diferenças entre os medicamentos de referência e genéricos.
Jéssica Bessa explica que os genéricos são uma cópia do medicamento de referência, produzindo os mesmos efeitos. Eles são vendidos com o nome do princípio ativo e possuem uma tarja amarela com a letra G. Segundo ela, os genéricos têm a mesma dosagem, seguem a mesma posologia e possuem o mesmo princípio ativo.
Segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares – PróGenéricos com base em dados do IQVIA, os medicamentos genéricos já respondem por 73,38% dos utilizados para hipertensão, 78,66% para colesterol, 71,85% para ansiedade e 64,66% para depressão. Eles representam 35,44% do total de medicamentos comercializados no país.
Uma das vantagens dos genéricos é o preço, que é menor em cerca de 35% do que os medicamentos de marca. A coordenadora de farmácia do Hetrin explica por que são mais baratos. “Eles são produzidos a partir de medicamentos existentes, não precisando gastar com os custos de pesquisa e desenvolvimento”.
Genéricos no Brasil
No país, a lei que regulamenta a política de medicamentos genéricos completou 25 anos em fevereiro de 2024. Segundo dados de 2022 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED, o país conta com 88 fabricantes de genéricos, responsáveis por mais de 2.553 registros de medicamentos, os quais englobam mais de 4.576 apresentações comerciais.
Os medicamentos genéricos possibilitam o acesso de mais pessoas a tratamentos essenciais. “Eles são uma alternativa viável, segura e mais barata, com a mesma eficácia do medicamento de marca”, afirma Jéssica Bessa. Ela ainda garante que “para chegar até a população, eles passam por rigorosos testes de controle de qualidade”.
Antes da venda dos genéricos, os consumidores tinham menos opções de tratamento e o custo era elevado. A política foi implantada para estimular a concorrência comercial, reduzir os preços do mercado e aumentar as chances de conclusão do tratamento.
Em 2023, os medicamentos genéricos totalizaram 1,98 bilhão de unidades, representando mais de 35% dos produtos vendidos no país. “Sendo assim, eles permitem que mais pessoas tenham acesso a medicamentos seguros’’, afirma Jéssica, orientando a população a, sempre que for preciso, solicitar a medicação genérica sem medo.
Assessoria de Comunicação do Hetrin