Embora simples, a doação de medula óssea ainda é cercada de dúvidas por falta de informação adequada


A medula óssea é essencial para a produção de células sanguíneas, responsáveis por funções vitais como o transporte de oxigênio e a defesa do organismo. Para milhares de pacientes com doenças graves, como leucemia e outras condições que afetam essa produção, a doação de medula óssea pode ser a única esperança de cura. No entanto, muitas dúvidas ainda cercam o processo, o que acaba impedindo que mais pessoas se tornem doadoras.

Por isso, para esclarecer o tema, a médica Raquel Coutinho, do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), unidade do governo de Goiás, administrada pelo Instituto de Medicina, Estudo e Desenvolvimento – IMED, compartilha algumas informações importantes sobre a doação.

Ela explica que o processo de cadastramento para ser doador de medula óssea é bem simples. “Para ser doador é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não ter doenças infecciosas. Basta procurar o hemocentro do seu estado para realizar o cadastro, onde será coletada uma pequena amostra de sangue”.

Após o cadastro, caso seja identificada a compatibilidade com um paciente e o doador esteja em boas condições de saúde, é agendada a coleta do material. “Ao contrário do que muitos imaginam, é um procedimento simples, realizado por dois métodos, conforme a indicação médica. Um deles é a coleta por aférese, semelhante à doação de sangue, e o outro é uma punção com agulha”, esclarece a Dra. Raquel Coutinho, que reforça que ambos os métodos são indolores, permitindo que o doador retorne rapidamente às suas atividades.

Doação no Brasil

Embora o Brasil possua o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, cerca de 850 pacientes ainda aguardam na esperança de encontrar um doador compatível. A chance de encontrar essa compatibilidade entre não familiares é de 1 em cada 100 mil, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), 4.943.535 pessoas já se cadastraram como doadoras no país.

Em Goiás, entre janeiro e junho deste ano, foram realizados 27 transplantes de medula óssea, enquanto no Brasil o número chegou a 1.512. No Hetrin, somente em 2024, em parceria com o Hemocentro de Goiás (HEMOGO), 15 novas pessoas se cadastraram como doadoras.

O cadastro pode ser feito no Hemocentro Coordenador, em Goiânia, de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h. Outras unidades do HEMOGO, no interior, também realizam cadastros de segunda a sexta, das 8h às 18h. “A doação é essencial e pode salvar muitas vidas. Convido todos a se juntarem a essa corrente do bem”, reforça a médica do Hetrin.

Assessoria de Comunicação do Hetrin

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